terça-feira, 16 de abril de 2013

TEMA: Habacuque, homem com zelo fervoroso pela honra de Deus. Hc 1: 1 à 13 e 2: 4 e 3: 17,18 e 19.

Introdução:

O profeta Habacuque viveu numa época de crescente deterioração moral e espiritual em Judá (o reino do sul). Ele sabia que o juízo de Deus se aproximava e viria por meio da invasão babilônica, ocorrida em 586 antes de Cristo. Ele não se conformava com a iniqüidade do seu povo nem com o avanço de Nabucodonosor. É nesse contexto  que aparece o famoso clamor por avivamento de Habacuque: “ aviva, ó SENHOR,  a tua obra no decorrer dos anos, faze – a conhecida; na tua ira, lembra-te   da misericórdia“(Hc 3:2).  ” NO DECORRER DOS ANOS…”. Esse é o momento mais adequado para que Deus traga o avivamento para o seu povo. É no decorrer dos anos que a frieza vem, que o desânimo e a incredulidade nos assaltam em meio à obra de Deus.  É no meio dos anos que muitos crentes se acomodam com este mundo. E justamente nesse momento que Deus traz o avivamento necessário para que seu povo permaneça fiel. Com o avivamento, Ele nos enche de amor por sua obra e Palavra, renovando-nos com seu Espírito e removendo os obstáculos humanos e espirituais que tentam impedir o prosseguimento de sua obra. A divisão do livro fica assim: Habacuque primeiro reclama, depois ora, e  finalmente adora. Habacuque jamais entendeu tudo, mas finalmente agradeceu a Deus por tudo.  Vejamos três lições a aprender sobre a vida desse profeta: 

1. Um homem preocupado com o estado espiritual do seu povo.

O profeta Habacuque era um homem muito sofrido. Ele tinha duas grandes angústias.  A primeira grande  angústia dele era o estado espiritual de seu povo.Habacuque só via injustiça. Ele só via  violência, iniqüidade e opressão. Ele disse: "A lei se afrouxa, e a justiça nunca se  manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida". (Habacuque 1:4). Toda essa  falta de justiça, que deixava os perversos bem à vontade, e que deixava  os justos num sufoco muito  grande, era uma das grandes angústias de  Habacuque. Ele ficou até confuso. Ele não entendia como  tanta falta  de justiça, que só fazia os justos sofrerem, era possível no meio do  povo de Deus!  Ele até disse ao SENHOR: "SENHOR, tu não salvarás"?  Desta maneira ele questionou:  "Será que Deus está indiferente ou apático  diante de toda essa injustiça e opressão"?  Havia ainda outra  grande angústia na vida do profeta Habacuque. O SENHOR Deus revelou o seguinte a seu  profeta. Ele disse: Vou suscitar os caldeus. Eles são uma nação violenta. Eles marcham pela  largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas (Habacuque 1:6). Desta maneira Deus  revelou o seguinte plano a  seu profeta: Eu vou enviar o povo dos caldeus, melhor conhecidos como  babilônios, para julgar o meu povo. Os babilônios vão tomar posse do país do meu povo. Qual a intenção que Deus tinha com isso? A seguinte intenção,  irmãos: Deus queria dar uma lição dura aos corruptos e perversos. A intenção de Deus era destruir os ímpios, que estavam cercando os justos.  Ao receber esta revelação de Deus, ao receber este anúncio sobre o  castigo de Deus, Habacuque ficou mais angustiado ainda. Essa cura não   era pior do que a doença? Se os babilônios, que não tinham piedade com ninguém, viessem, a situação do povo de Deus não ficaria pior ainda?  Habacuque, apesar de seus questionamentos, sempre demonstrou uma fé inabalável na soberania divina (Hc 2:4; 3:17-19). Como profeta de Deus,  tinha ele consciência que o povo de Deus havia pecado, e, conseqüentemente,  seria submetido ao juízo divino. Habacuque estava ciente de que o povo pecara contra o Senhor. Havia injustiças, violência e idolatria entre o povo de  Deus (Hc 2:9-11,17-19). Os problemas de Judá eram causados por líderes que não obedeciam à lei. Os ricos exploravam os pobres e escapavam do   castigo subornando os oficiais. A lei era ignorada ou distorcida, e ninguém parecia se importar. Os tribunais eram corruptos, os oficiais só se interessavam em ganhar dinheiro, e a admoestação de Êxodo 23:6-8 era completamente desconsiderada. Então, o profeta clama por um avivamento (Hc 3:2).
O avivamento é necessário, porque o pecado é excessivo, a religião é decadente e o julgamento é iminente(Hc 1:4; 2:18-20). O tempo do avivamento é hoje, agora – no decorrer dos anos. O modo do avivamento é pela oração. A esperança do avivamento está na misericórdia de Deus.  Somente um real e contínuo avivamento é capaz de restringir, deter e   neutralizar na igreja a atual avalanche de secularismo, de mundanismo, de comodismo, de conformismo, de transigência com o erro, com o pecado e com o mal. Segundo o modelo bíblico, o reavivamento resulta  em santidade do crente em toda a sua maneira de viver (1Pe 1:15). Se um  avivamento não resultar nisso – nessa mudança de vida -, tudo não  passará de mero entusiasmo, mecanicismo e emoção, como acontece com certos ‘avivamentos’ orquestrados pelos homens. O avivamento sob Esdras e Neemias, nesse sentido, obteve grandioso  resultados (Ne 8; 9:1-38).
Portanto, à semelhança de Habacuque, clamemos a Deus para que a igreja destes últimos dias empenhe-se por uma vida de justiça, pureza e santidade e, assim,  venha a desfrutar de um genuíno avivamento (1João 1:9). Desta feita,  era necessária uma mudança de comportamento entre os filhos de Israel. Nestas circunstâncias Habacuque , faz duas petições:
a) Pede a Deus que apareça entre o seu povo com nova manifestação de poder. Habacuque está ciente de que o povo  não sobreviveria se o Senhor não interviesse com um  derramamento  de sua graça e de seu Espírito. Somente assim haveria verdadeira vida espiritual entre os fiéis.
b) Habacuque ora para que Deus se lembre da misericórdia em tempos de aflição e angústia. Sem a sua misericórdia, o povo haveria de perecer. Hoje, com os alicerces da igreja sendo abalados, quando há aflição por todos os lados, imploremos ao Senhor que  torne a manifestar sua misericórdia e poder para que haja vida   e renovação entre o seu povo. Como profeta, Habacuque teve de  alimentar e liderar o povo, mas, antes, teve de interceder pelo povo. Quantas vezes muitos dos líderes, que assumem posições de liderança, são “agentes” que se esquecem desse papel  tão importante. No Novo Testamento, Pedro disse que   estabeleceria para si duas prioridades: a Palavra de Deus e a oração. Essa é a primeira responsabilidade de um líder espiritual. Os cristãos primitivos estavam sempre cheios do Espírito e  renovados porque viviam em oração (At 4: 31). É triste ver como muitas igrejas estão perdendo o calor em suas mensagens porque o fervor da oração está desaparecendo. Muitos crentes estão se vendo confusos porque os bens materiais têm tomado o tempo da oração. Oração é questão de disciplina pessoal. Procure reservar  alguns minutos, todos os dias, para estar na presença do Senhor.

E você irmão, tem se preocupado com a vida espiritual da igreja? Tem orado e buscado entender a vontade de Deus? Ou tem reclamado e questionado a Deus?

2. Um homem que confiou em Deus em meio as dificuldades da vida.

Acreditar que tudo dará certo quando tudo vai bem, podemos dizer que é fácil,  mas, orar com fé quando estamos cercados de decepções nem sempre é fácil. O profeta Habacuque sofria com as injustiças. Ele só via violência, iniqüidade e opressão. Ele não entendia porque tanta falta de justiça no meio do povo de Deus então ele disse ao SENHOR: "SENHOR, tu não salvarás"? perguntando a Deus,  se Ele não estava vendo o que acontecia. Ele Habacuque se debatia com tanto sofrimento para o seu povo. Alem deste questionamento Habacuque sofria com a revelação de Deus de que suscitaria os caldeus, um povo violento que  marchava pela largura da terra, para se apoderar de terras que não lhes pertencia. Habacuque entendeu que Deus queria punir aquele povo perverso e corrupto e para isto enviaria os Babilônios para se apossar das terras que eram do seu povo.   A intenção de Deus era destruir os ímpios, que estavam cercando os justos.  Ao receber esta revelação de Deus, Habacuque angustiou-se ainda mais. Com os babilônios no poder a situação do povo de Deus ficaria pior. nada restava a fazer, então habacuque orou.
Podemos entender irmãos. Podemos até ter experiências semelhantes. Pois assim  é a vida. Para nós não é diferente, a falta de justiça, a corrupção ,a violência e a opressão nos levam a pensar que não existe mais solução, nos encontramos em becos sem saída. Enquanto alguns inescrupulosos vivem bem, o justo passa por maus pedaços para sobreviver neste mundo sem justiça. O que prevalece são a corrupção e a violência. Assim como o profeta Habacuque devemos nos prostrar e orar, que mais podemos fazer? Nada, apenas orar a Deus pois é dele que virá toda a resposta, toda a força e toda a provisão. Na história do profeta Habacuque , Deus mostrou que o seu povo poderia viver pela fé,o ímpio não sobreviverá disse Deus (Habacuque 2:4). Essa fé é que nós devemos depositar na palavra do Senhor, nós também devemos viver pela fé, somente Deus julgará toda a corrupção, toda a maldade, não devemos pensar que tudo isto ficará impune, Deus prometeu julgar os babilônios. "O justo viverá pela sua fé". Devemos confiar sempre nas promessas de Deus e orar, assim como fez Habacuque, ele confiou na palavra do seu Senhor. Amém!

Habacuque viveu em um momento muito difícil do povo de Deus. Na época os babilônios tomaram o povo de Israel por cativo. O povo de Israel foi punido por desobedecer a Deus. E o questionamento de Habacuque foi  exatamente este: Por que o Senhor permitiu os babilônios castigar o povo? Deus respondeu que os babilônios também seriam castigados por Ele até que seus propósitos fossem cumpridos. Habacuque tinha convicção que o povo não  seria livre do juízo de Deus, mas ele não estava entendendo a maneira de Deus agir. Deus responde a Habacuque dizendo “…que a alma orgulhosa não é reta,   mas o justo, pela sua fé, viverá.” Deus estava gerando fé no coração  do seu povo, mediante as lutas que estavam passando.

Ás vezes, pensamos assim, será que Deus não esta vendo o que estou passando?  Ou, será que Deus não esta vendo a maldade deste povo, ou deste homem,   ou desta mulher? Quantos momentos de luta onde não conseguimos vê   nem um sinal de esperança? E enchemos a Deus de perguntas.    

 Deus respondeu a Habacuque que assim, como, conhecia o pecado do seu povo, também conhecia o pecado dos babilônios, e eles, os babilônios seriam punidos por Ele, assim que os seus propósitos fossem cumpridos no meio do seu povo. O propósito de Deus para o seu povo era: Que eles cressem em Deus independente do que vissem ou passassem. Quando Deus respondeu a Habacuque sobre o  seu propósito para o povo, o profeta descobriu que Deus era quem estava no controle da situação e não os babilônios.Quem esta no controle de sua vida? Deus, ou você coloca outras coisas mais importantes?

(Hc 3:3-16). Lembrando-se dos atos portentosos/milagres/prodígios de Deus na história da nação, principalmente do êxodo do povo de Israel do Egito (Ex 14:1-31), o profeta roga ao Senhor que faça novamente as mesmas obras realizadas no passado. Habacuque estava ciente de que o mesmo Deus que viera com salvação no passado, voltaria em toda a sua glória. Todos quantos esperavam sua vinda viveriam e veriam seu triunfo sobre impérios e nações. Mesmo em meio ao castigo divino derramado sobre Judá(Hc 3:16), o profeta opta por regozijar-se no Senhor. Deus seria a sua salvação e o manancial inesgotável de suas forças. Ele sabia que um remanescente fiel haveria de sobreviver à invasão babilônica. Essa convicção trouxe-lhe alegria e ânimo: “Todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3:18). Quando  o profeta Habacuque entendeu isso, ele pôde com toda convicção, trocar a oração de questionamento, por uma oração de fé. “Porquanto,ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto  da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja mais vacas,  todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor, é minha força, e fará os meus pés como os da cervas,  e me fará andar sobre minhas alturas.”

Na terra da Bíblia (Israel), a Oliveira foi e ainda é a árvore mais importante  de todas as árvores por ser uma fonte de alimento, luz, higiene e cura. Imaginar ficar sem estes produtos para o profeta possivelmente seria muito difícil. O gado, as ovelhas, produtos do campo eram comuns ao povo Israelita,  aos povos de Judá. Habacuque testifica que servia a Deus não por causa das suas dádivas, mas porque o Senhor é Deus. Mesmo diante do castigo divino enviado a Judá. O profeta opta por regozija-se no Senhor. Ele sabia que Deus seria a sua salvação, por isso proclama com confiança a vitória dos que vivem pela fé em Deus. Habacuque sabia que Deus socorre aquele que tem fé: (mas o justo pela sua fé viverá Hc 2.4). Esta passagem bíblica mostra mais uma vez o quanto é importante termos fé em Deus e aguardamos o que Deus tem para nós. Como é lindo o exemplo deixado por Habacuque!


3.  Um homem que agradeceu e teve esperança em Deus sem questionar.

 Habacuque sentia-se perplexo porque a iniqüidade, as contendas e a opressão estavam impregnadas no povo de Judá, e parece que Deus não tomava nenhuma atitude para solucionar o problema. Quando Deus informou ao profeta que agiria por meio dos babilônios para punir Israel (1.6), Habacuque ficou ainda mais perplexo, sem entender como Deus  com seus “olhos tão puros, que não suportavam ver o mal” (1.13, poderia designar uma nação pior que os judeus para executar o  juízo contra eles.

Deus deixa claro que no fim o destruidor corrupto também será destruído. No fim Habacuque aprende a confiar na providencia divina, por mais estranho que possa parecer o agir de Deus, e a aguardar em espírito de adoração a intervenção divina.

Que profunda experiência do profeta Habacuque registrada na Palavra de Deus  (Hc 3:17-18), não vendo o fruto na videira, nem o gado nos currais, nem trigo  pra colher, enfim, não vendo sinais de prosperidade e benção, refletindo seu  momento de expectativa, de espera, de deserto, de perplexidade, de luta  interior, de desencanto, de orações ainda sem respostas, de não  entendimento dos caminhos e propósitos do Senhor, diante de tão  grave realidade social da época.
Experiência que se repete em nossas vidas em tantas realidades no mundo,  diante de situações de igual expectativa, dor, decepção e perplexidade,  permitida por Deus para sermos depurados em nossa fé, para conhecermos mais de nós mesmos, para aprendermos a dependência Nele, para colocarmos nossa esperança Nele, para reafirmarmos nossa confiança Nele, e somente Nele,  para não só andarmos com Ele por ouvir falar, mas por experimentar e andar   da Sua Presença!

Experiência de poder conhecer mais da fidelidade e bondade de Deus  quando as coisas não andam bem em nosso interior, em nossas famílias,   em nossos estudos e atividades profissionais, em nossos relacionamentos,  na nossa igreja, quando vivemos na escassez, rotina e aridez do dia a dia,  quando a injustiça e violência nos envolvem, enfim, quando precisamos de forma profunda da ação da graça de Deus.

CONCLUSÃO: 
 
Habacuque fez estas orações a séculos atrás, mas estas simples orações tem  causado efeito até os dias de hoje. Que nós possamos orar com a mesma  fé de Habacuque. Que possamos nos colocar inteiramente nas mãos do Pai, orando como fez o profeta Habacuque: “Aviva, ó Senhor a tua obra no meio dos anos” (Hc 3:2) e obedecendo incondicionalmente a Palavra de Deus. A chama do avivamento deve permanecer brilhante, pois Deus deseja que a Igreja cumpra sua  missão aqui na Terra integralmente. “Uma igreja sem renovação  espiritual  constante cai na rotina, isto é, fica parada no tempo,  no espaço e no trabalho.  Ela pode até trabalhar, mas não avança, não progride, porque algum fruto que  surja é destruído pelas contendas, inveja, ganância, desunião e outras obras da carne. Tal igreja não resiste, nem supera as rápidas mutações decomportamento da sociedade ímpia ao seu redor”. Que o Senhor Jesus desperte um grande avivamento na sua Igreja; Você está precisando?
Esta foi a segunda oração de Habacuque, mesmo não dando nada certo,  o profeta dizia,- mesmo assim exultarei no Senhor, e me alegrarei no Deus da minha salvação.. e continua dizendo,  que mesmo assim, o Senhor Soberano é a sua força, e faz com que ele ande de cabeça erguida.
Que tamanha confissão de fé em Deus!



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