segunda-feira, 13 de maio de 2013

Tema: JÓ, ÁREAS DA VIDA QUE SOFRERAM PERDAS IRREPARAVEIS. (Jó 1: 1 à 22)

Introdução:

Meus irmãos, não é fácil para ninguém perder alguma coisa, isto falo das menores coisas que são corriqueiras para nós, como perder o ônibus, o barco, o horário do banco aberto, e quando se trata de coisas vitais? Exemplos: roubaram meu carro, roubaram meu pagamento, perdi todos os meus documentos, perdi o emprego, e etcs. Será que é fácil lidar com isto? Pensamos agora: E quando se trata de perdas irreparáveis? Perdi minha mãe ou pai, irmã ou irmão, filhos, perda da esposa ou marido. (Quem já viveu perdas assim?). Meus amados diante de tantas perdas ou possíveis perdas; como eu devo lidar com isto? Trago aqui por meio da palavra de Deus, o exemplo de Jó servo de Deus, que passou por grandes perdas e não foram perdas corriqueiras foram perdas irreparáveis, mas, com a ajuda de Deus, ele soube lidar com tudo que lhe sobreveio. Chamo sua atenção para analisarmos uma família que foi bombardeada pela fúria de Satanás. Trata-se da família de Jó. Ele era um homem bem sucedido, realizado financeiramente, tinha uma vida moral correta, era elogiado por Deus. Era um pai extraordinário que tinha boa comunicação com os filhos e orava por eles constantemente às madrugadas. Satanás, porém, questionou a integridade de Jó e Deus permitiu que ele fosse provado. Satanás atingiu as quatro áreas vitais da sua vida: - Finanças – Família/Filhos/ Casamento - Saúde e Amizades. Vejamos como foi!

Quem foi este homem, de nome Jó? Um homem íntegro, reto, temente a Deus, paciente que se desviava do mal. São as credenciais espirituais de Jó, um servo de Deus e que não nasceu em Israel, mas na terra de Uz, que segundo alguns estudos, ficava em algum lugar além do rio Eufrates, possivelmente, onde hoje é a Síria.
Este homem honesto era temente a Deus, independentemente de seu local de nascimento e ele tinha sete filhos e três filhas, que costumavam fazer banquetes e mandavam convidar os outros irmãos e irmãs. No final do turno de banquetes de seus filhos, Jó santificava seus filhos e oferecia holocaustos para cada um dos filhos, porque temia que seus filhos houvessem desagradado a Deus durante suas festas e esta era uma rotina na vida deste servo do Senhor.

Jó era um homem riquíssimo, o maior do Oriente. Naquele tempo a riqueza de um homem era medida pelo número de rebanhos e servos que este possuía e Jó tinha tantos servos que a Bíblia só menciona que eram “muitíssimos”, além de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas. Um patrimônio invejável para os padrões da época. Primeiramente Jó, perde os seus bens, a sua muita riqueza. Vejamos como agir.

Finanças: (Jó 1: 14 á 17). Jó teve uma das maiores decepções financeira, ele dorme milionário e acorda pobre, em apenas um curto espaço de tempo, tudo quanto Jó possuía desapareceu com notícias das piores que um pai de família pode receber. A perda dos bens materiais, foram os animais que ele se beneficiava que foi destruído. Seus gados e jumentas ladrões vieram e roubaram, os seus servos foram mortos ao fio da espada, para ser mais pesado ao seu coração cai fogo do céu e mata suas ovelhas e os servos que cuidava das mesmas  todos morrem em um desastre e ladrões em três bandos roubaram os camelos. Bom, é bem como se diz: “desgraça pouca é bobagem”, Jó havia acabado de perder toda a sua fortuna. Podemos imaginar: Seus pés não sabiam mais onde pisar. Para onde vai este homem? Onde pousará ele sua cabeça? Sua garganta seca. Secou-lhe também os olhos para não mais chorar. Imagino eu o silêncio de sua alma naqueles momentos de noticias. Sua mente não consegue pensar em nada. Apenas fica em silêncio tentando raciocinar no que será feito dele e de sua família. Algumas vezes, caímos na armadilha de aumentarmos nosso senso de auto-estima com base naquilo que possuímos: nossa casa, nosso carro, nosso trabalho ou nossa prosperidade. E, se isso nos fosse tirado, como nos sentiríamos? Na verdade, a auto-estima deve ser baseada no fato de que Deus nos ama tanto, que ele enviou seu Filho, Jesus para nos salvar. Embora entristecido com suas perdas, a identidade de Jó não foi junto com suas propriedades. Seu maior desafio, como o de todos aqueles que passam por situações adversas, é manter a fé em Deus. Mesmo sendo um homem íntegro, Jó perdeu seu gado e seus servos. Apesar de tudo, Jó não perdeu a fé em Deus, ele não se deixou conduzir pelas circunstâncias (Jó. 2.9). A confiança de Jó em Deus tornou-se um exemplo de perseverança para os cristãos (Tg. 5.11; Rm. 15.4). Diante das perdas materiais, Jó reconheceu que tudo provinha de Deus, inclusive a sua riqueza, e que Ele teria o direito de requerê-la (Jó. 1.21). Essa é uma demonstração de que seu coração não estava centrado nos bens terrenos. Quando tinha em abundância, Jó exercitava a generosidade, usando suas riquezas para o bem dos outros (Jó. 4.1-4; 29.12-17; 31.16-32).

Família/Filhos: (Jó 1: 18 e 19).  Perdeu os dez filhos, pois, veio um forte vento e derrubou a casa de um de seus filhos, no dia em que estavam todos os filhos reunidos num banquete. A família de Jó estava toda arrebentada. Estava destruída. Estava no fundo do poço. Das profundezas da sua angústia, aquela família estava num nevoeiro denso.  A perda familiar de Jó ainda tinha seu agravante, como avisar a esposa dos filhos, a dor não era somente sua. Tinha que suportar a dor da perda e ainda consolar a esposa de tamanha crise. Como ela poderia aceitar tantas perdas e principalmente os filhos? E agora como Jó iria oferecer e santificar os filhos amados? Dos quais se preocupava por achar que teriam pecado contra Deus? Pensemos na situação e que falta faz os filhos. A razão disso é que filhos não são como ovelhas, gado e camelos. A família sempre deve ser principal e mais amada do que os bens materiais. Perceba também que Jó não estava pagando por pecado algum, seu ou de sua família, quando perdeu seus filhos e bens. Tudo aquilo aconteceu porque Deus permitiu que acontecesse e na sua eterna soberania sabia que Jó não negaria a sua fé. Diante da situação, ainda que não entendesse tanto sofrimento. Podemos imaginar que Jó não leu os dois primeiros capítulos de seu livro, portanto não sabia das conversas entre Satanás e Deus ocorridas no céu.

Família/Casamento: (Jó 2: 9 e 10).  Seu casamento é abalado, pela apostasia de sua esposa que não aceita a situação e perde a razão. Ela fica revoltada, em aflição abre brecha para o inimigo de nossas almas que a joga contra Jó. Ela, desestruturada, revolta-se contra Deus. Ergue seus punhos contra os céus. Deixa de ser aliviadora de tensões para ser uma algoz do seu marido. A vida não era assim. Ela culpa Deus, pela situação horrível. A provação vem para todos e, parece que a esposa de Jó não estava preparada para o sofrimento. O seu coração ia se enchendo de sentimentos negativos de auto-comiseração e revolta. E as coisas pioraram ainda mais. Ela sem compreensão do acontecido o diz:  Ainda reténs a tua integridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos de Deus o bem, e não receberemos o mal? Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios”. Jó conheceu ali o descontrole, mas jamais a blasfema. Conheceu a Deus pelo que ele é não pelo que pode dar ou retirar do homem. Não deixou seu Deus de forma alguma, não lhe imputou culpa. Apenas calou-se e o adorou na pobreza e na desgraça aparente de sua vida. Quando nada dá certo, as brigas começam, as discussões, a gritaria a impaciência, o descontrole emocional será que você saberia lhe dar no seu casamento sem brigar com seu cônjuge? E sem culpar Deus por igual ou pior situação?
Saúde: (Jó: 2: 7 e 8).  Mesmo com tamanha perda de seus bens e filhos sua saúde também começa a sofrer danos. Um câncer de pele o tomou, feriu satanás com tumores malignos, tomaram conta de seu corpo. A dor da alma já parecia pouca pelo que sua carne sofria naquele instante. Jó senta-se na cinza e raspa a pele com cacos. A coceira aqui nos demonstra estar insuportável. Seu sono lhe foge aos olhos. “Havendo-me deitado, digo: Quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me revolver na cama até a alva. A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele endurece, e torna a rebentar-se.”(Jó 7:4-5) Sua pele antes de um rico agora se farta não de bens e vida regalada, mas de vermes. Falar a este homem também não era fácil seu hálito cheirava mal “O meu hálito é intolerável à minha mulher; sou repugnante aos filhos de minha mãe.” (Jó 19:17). Podemos descrever Jó em um sentimento literalmente de pânico. Olhai para mim, e pasmai, e ponde a mão sobre a boca. Quando me lembro disto, me perturbo, e a minha carne estremece de horror.”(Jó 21:5-6).

Amizades (Jó: 22: 5 à 10).  Jó foi um homem que conheceu a crise no seu íntimo pessoal e familiar. Sua crise envolveu todos que com ele estava. Dos empregados aos seus bens. Os amigos mais chegados também tiveram a oportunidade de conviver com sua crise e participar dela como coadjuvantes. A Jó, só lhe restavam os amigos. Eles vêm de longe, solidarizam-se com ele na sua dor, mas ao tentarem encontrar respostas para o seu sofrimento, assacam contra ele acusações pesadas e levianas. Acusam-no de adúltero, de ladrão, de opressor, de insolente, de hipócrita, de louco. Em vez de consoladores, tornaram-se carrascos. Seus amigos que deveriam lhe dar forças para passar logo do vale ficavam o perguntando onde estava sua culpa por tamanha luta. Queriam encontrar um pecado que fosse para poderem justificar tamanho sofrimento.


Conclusão:

Deus converteu em benção toda maldição que o diabo lançou sobre Jó. Tudo o que o diabo tomou de Jó, Deus trouxe de volta. Deus restaurou os bens de Jó (42:10). Ele ficou o dobro mais rico. Seus negócios prosperaram. Seus empreendimentos deram certo. A bênção de Deus o enriqueceu. Deus restaurou a saúde de Jó (42:1,17). Deus o curou de todas as suas enfermidades. Ele viveu mais cento e quarenta anos e viu sua descendência se prolongar na terra. Deus restaurou o seu casamento (42:12,13). Aquela mulher amarga e revoltada foi curada por Deus e eles tiveram uma linda história de amor. Hoje Deus pode fazer também um milagre na sua vida e na sua família. Se você esta vivendo em crise, mas confia em Deus, então, deixe de murmurar, ore e esteja certo de que um milagre está a caminho. Deus quer restaurar as finanças do seu lar. Ele quer salvar os seus filhos. Ele pode curar as suas enfermidades. Ele quer abençoar o seu casamento e reconciliar você com aqueles que o fizeram e ainda o fazem sofrer. Hoje é dia de restauração para o seu lar.
Precisamos conhecer Deus desta forma, na intimidade, não importando o quanto temos ou que deixamos de ter ou nunca tivemos. Nossa vida assim como a de Jó não pode ser avaliada pelo volume de bens que possuímos, mas pela intimidade que temos com Deus, com as pessoas a nossa volta. Somos importantes não pelo que sabemos, mas pelo que somos perante o criador. Depois disto viveu Jó cento e quarenta anos, e viu seus filhos, e os filhos de seus filhos: até a quarta geração. Então morreu Jó, velho e cheio de dias.” (Jó 42: 16-17)
Em tudo Jó não pecou, não murmurou, nem atribuiu a Deus tamanha desgraça em sua caminhada. (Jó 1:22)




 



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